Lamentavelmente a indignação dos enfermeiros portugueses se generalizou.
São diversos os jornais, noticiários na TV e sites que fazem referência a situação actual desses profissionais.
Muitos enfermeiros resolveram sair do anonimato e de forma organizada e democrática procuram mostrar a sua insatisfação.
Muitas pessoas andam curiosas e fazem de tudo para incentiva-los e acaricia-los na tentativa de ajudar de alguma forma. Frente a revindicação honesta da classe, que já se arrasta a muito, se intensificaram os esforços na procura de uma solução.
Os sindicatos estão a trabalhar arduamente para que estes técnicos, já tão penalizados, não sejam ainda mais prejudicados.
A Ordem dos enfermeiros segue com muita atenção os acontecimentos e já se manifestou e apelou para o "bom senso", pois não vai tolerar qualquer tipo de desrespeito ou ofensa para com a profissão.
Para quem não sabe, esses técnicos são muito sensíveis a injustiças, diferenças e desigualdades, pois, entre outros valores, observam a igualdade, respeito com o próximo, liberdade responsável, verdade, inclusão, solidariedade e a justiça social.
Sentem-se injustiçados face as contradições impostas que os diferenciam dos restantes licenciados da administração pública. É importante lembrar que o tratamento desigual implica privação e provoca irritabilidade, fadiga, falta de estímulo, ansiedade, entre outros muitos agravos.
Os enfermeiros estão perplexos com o “descaso” dos decisores políticos para com as suas revindicações, pois acreditam, acertadamente, que "pensar saúde" deve incluir todas às pessoas e contemplar a equidade, solidariedade e a participação. O que inclui tratamento igual para todos os profissionais de saúde. Frente as diversas tentativas falhadas por parte destes decisores, apela-se para que estes reflictam e mudem suas posições.